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Desencontro Desnecessário Contra a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas

No continuado inner circle das medidas de austeridade de um governo pouco sério e a brincar ao “toca e foge” – dando palmadinhas de humildade fria e de irresponsabilidade – eis que, na antropomórfica política deste governo governando estonteado, pelo Ministério da Cultura se deu a ideia, muito prometedora e brilhante, de extinguir a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas: devaneio absoluto por picos de substâncias medicamentosas com certeza, creio. Ou seja, como um cortador de carnes, a Exma. Senhora Doutora Ministra da Cultura Gabriela Canavilhas, entende portanto assumir cortar as gorduras para um lugar melhor onde o livro – intrínseco evidente de palavras, autores e história –, terá de passar pela triagem.
Em resposta ao assombroso juízo, Gabriela Canavilhas defende que não subsistirá qualquer dispersão de pessoas, desintegração de saberes, nem mesmo redução drástica de meios, sendo que a mesma equipa de técnicos especializados continuará em funções, nas mesmas instalações e na mesma prossecução de objectivos de projecção.
Em prescrição de tal cotejo real, correm já vários protestos contra a medida: vários escritores portugueses, literatos e artistas, fizeram chegar à Ministra da Cultura uma carta aberta. Por outro lado, está descerrada uma petição online cuja pode assinar aqui.
Sabe-se que esta derivação regressiva ultrapassou fronteiras e, segundo o escritor Francisco José Viegas, a principal petição contra o encerramento veio de Itália, pela mão de Giorgio Di Marchis, um grande amante da nossa cultura.
Em dias de planeamento do Orçamento do Estado corta-se o que de facto é importante no fazer escárnio à cultura portuguesa e, sobremodo, perante a DGLB.

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